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Viajar é preciso. A vida em si, já é uma viagem, mas viajar por aí é realmente preciso. E digo que viajar sozinho é ainda mais preciso. Nem que seja uma única vez. Porque quando você viaja você descobre as mais belas coisas da viagem que a vida é.
Se eu pudesse, nesse exato momento viajaria pra qualquer lugar. Passaria por muitos, mas não ficaria em nenhum. Porque se você quer encontrar o significado disso tudo que chamamos de "vida", continuar é preciso.
Nos pés, a minha bota companheira de tantas aventuras. Nas costas, apenas a minha Nordweg Sublime NWS04, a minha tão desejada companheira de aventuras futuras.
Eu não levaria muita coisa, porque não teria graça. Eu não levaria muito dinheiro, porque não teria graça. Eu não levaria os meus medos, porque são todos sem graça. Faria da estrada o meu lar. Nem que fosse por um pouquinho de tempo. E isso sim, pra mim, é que na vida põe graça.
O mundo é muito grande. Quase do tamanho do meu desejo de conhecê-lo.
E se o novo me faz sorrir, liberdade pra mim é sair da minha gaiola e viver as aventuras que um passarinho aventureiro merece viver.
Viajar é preciso. Ficar preso aqui é pecado. Andar por aí é a reconciliação do homem com a natureza, a reconciliação do homem consigo mesmo e a mais profunda chance de um homem, em sua pobre percepção, observar de tão perto, o valor dos seus semelhantes. Acima de tudo, viajar é um encontro com Deus. E isso dá ainda mais motivo a tudo isso.
Não sei de muita coisa, mas sei que se um dia eu chegar "lá", vou me sentar, tomar um café, dar um sorriso e a partir de então, os meus problemas não terão tanta importância, porque até ali, viver já vai ter valhido a pena. E se tudo o que eu penso fizer sentido, não tenho outra escolha, se não, pegar minha mochila e sair pra viajar. Afinal de contas, pra mim, viajar será sempre preciso.